Qual o melhor tratamento para Depressão?

Autor: Nathália Helena Vieira Ribeiro   |   Publicado em: 06 de Janeiro de 2021 


Remédios ou Terapia? O que é melhor para o tratamento da depressão? A melhor resposta para esta pergunta é: DEPENDE!

A verdade é que existem várias formas de olhar para esta questão, mas o principal é questionar-se: 

Uma metanálise demonstrou que a combinação de intervenção mendicamentosa, somado à Terapia Cognitivo Comportamental é melhor do que APENAS a utilização de medicamentos em CURTO prazo. A terapia tem um trabalho importante na psicoeducação do paciente sobre suas condições, e é essencial para auxiliar na aderência ao tratamento medicamentoso.

Porém, também temos estudos que demonstram que a terapia não medicamentosa (psicoterapia) é fundamental para evitar recaídas no LONGO prazo. Afinal, o medicamento trata principalmente os sintomas, porém, a raiz do problema, ou seja, sua causa, depende da psicoterapia para ser sanada.

Logo, em muitos casos, unir esforços pode ser importantíssimo em um primeiro momento. E então, com um paciente mais informado, menos vulnerável e com menos sintomas, é possível trabalhar para gerar mudanças REAIS no LONGO prazo. Faz sentido?

Em outras palavras? Quer uma mudança duradoura? Então, a terapia é essencial.


Referências

O Futuro do Tratamento para Depressão

Autor: Nathália Helena Vieira Ribeiro   |   Publicado em: 09 de Fevereiro de 2022


Imagine o futuro do tratamento para depressão: tecnológico, individualizado e com as maiores chances de obter resultados positivos CASO A CASO!

Pois bem, um estudo de 2020 demonstrou, através de exames de imagem (ressonância magnética), como a terapia cognitivo comportamental, associada ou não à terapia medicamentosa e até mesmo à eletroconvulsoterapia (em casos de depressão persistente) podem causar alterações positivas nas estruturas cerebrais dos pacientes e servir como biomarcadores de resposta!

O que isso quer dizer? Que através de exames de imagem (ressonância magnética), é possível fazer previsões de resposta à nível individual para cada paciente. Isso pode ter um enorme potencial para prática clínica, mesmo que ainda estejam em um estágio de pesquisa.

Futuramente, estes exames podem fazer parte do processo de diagnóstico clínico e indicação da melhor associação de recursos para casos específicos de cada paciente! No entanto, antes que os algoritmos possam ser utilizados na rotina clínica, estudos mais amplos, com amostras maiores e diversas são necessários para permitir uma validação e otimização destes classificadores para a aplicação individual.

Esta evolução é fantástica! Afinal, a depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes e incapacitantes do mundo: afeta a qualidade de vida das pessoas, pode causar suicídio e ainda possui um importante ônus econômico para sociedade.


Referência

3 Dicas para melhorar a Depressão

Autor: Nathália Helena Vieira Ribeiro   |   Publicado em: 07 de Janeiro de 2021 


Você já ouviu falar em Ativação Comportamental (AC)?

A Ativação comportamental é uma técnica de terapia que pode (e deve) ser utilizada em casa. Por se tratar de uma técnica simples, ela pode ser facilmente aplicada.

Pensando nisso, abaixo estão 3 dicas da AC capazes de te auxiliar a quebrarar o ciclo de inatividade, que leva a um humor deprimido, que leva a mais inatividade (e assim por diante):

1️⃣ ANOTE SUAS ATIVIDADES

Monitore um dia comum em sua rotina. Anote todas as atividades que você realizar neste dia. Atribua uma nota de 0 a 10 para o quanto você se sente bem realizando cada uma delas, e então perceba quais são atividades com maiores e menores pontuações. Isso vai te ajudar a ter clareza sobre "por onde começar". Então, questione-se: existem maneiras de fazer com que estas atividades sejam mais prazerosas? Quais ajustes poderiam ser realizados? É possível delegar alguma das atividades que não lhe causam bem estar? É possível inserir outras atividades que sejam prazerosas no seu dia a dia?

Não subestime o poder da clareza deste exercício. Muitas vezes mudanças simples podem fazer grandes diferenças, como: ligar sua música favorita (atividade prazerosa) enquanto lava a louça (algo que você não gosta muito de fazer).


2️⃣ PLANEJE SUA SEMANA

Baseado no seu monitoramento do passo anterior, insira na sua agenda e rotina as novas atividades que podem ser implementadas para gerar um maior bem estar. Lembre-se que nem tudo se trata do que você GOSTA apenas. Insira também aquilo que é IMPORTANTE, pois a realização destas atividades também causa bem estar. Como ir para academia, mesmo em um dia chuvoso, por exemplo. Antes de ir você pode até torcer o nariz, mas a sensação de bem estar por ter vencido este desafio é maravilhosa! :)


3️⃣ ACEITE (mas não se conforme com) A FALHA

A falha não pode ser encarada como um fracasso. Mudanças levam tempo. Perceba, a cada nova atividade inserida em sua rotina, como você vai se sentir. Foque apenas em dar um passo de cada vez e lembre-se que falhar não é ter que recomeçar do zero: é apenas persistir naquilo que é importante pra você e FAZ PARTE do seu processo de mudança.


Referência